Por Ederson Manoel
O blog não acompanhou o jogo na integra, mas assistiu boa parte da ótima e aberta partida disputada no maracanã pela noite dessa quarta feira.
O Flamengo como não era de se esperar, afinal depois de tanta turbulência conseguiu eliminar um adversário gigante como ele e de respeito que jogava seu centenário em dois belos jogos e com direito a vitoria épica no mesmo maracanã dessa noite. Mas um dado é certo, quando esse histórico estádio quer jogar contra fica difícil conseguir a vitoria em jogos importantes, tirando a vitoria sofrida sobre o reserva Grêmio ao final do Brasileiro do ano passado a torcida rubro negra já presenciou seus maracanazos, um deles marcante contra o America do México em 2008.
Ontem a partida foi aberta, um jogo que terminou 2x3 para LaU e poderia ter terminado muito bem em 5x4, 6x5 se não fosse as diversas chances cara a cara que os atacantes dos dois lado perderam.
Logo nos primeiros cinco minutos de jogo LaU perdeu duas grandes oportunidades, a primeira com Oliveira que pegou mal na bola e a segunda com Montillo na cara do gol após falha déia do garoto Rômulo. Porém aos 6 minutos, cruzamento para a área rubro negra, Willians se atrapalha e acaba ‘ajeitando’ para o Victorino que bate forte entre as pernas de Bruno para abrir o placar. O Flamengo tenta acordar, aos 11 minutos bom cruzamento de Léo Moura, Love cabeceia a bola desvia no zagueiro e explode no travessão.
Como o histórico estádio não parecia querer jogar a favor não demorou e em falha do goleiro Bruno, para muitos lance faltoso, aos 23, em falta batida para área Olarra sobe para cabecear e ampliar o marcador, a essa altura o maracanã voltava a parecer aquele estádio fantasma. Ao Flamengo não restava outra coisa a não ser partir para cima mesmo que de forma desorganizada para uma reação. Sendo assim aos 36 ótimo cruzamento de Kleberson, a zaga chilena falha e o Imperador não perdoa, diminui o marcador e acorda o Maracanã, que, ainda vê Love perder grande chance já no final.
A segunda etapa começa com a entrada de Petkovic no lugar de Maldonado, e quando a partida parecia caminhar para um ataque contra defesa e pressão total rubro negra, os fantasmas voltam a aparecer, logo aos 3 minutos da segunda etapa um banho de água fria, Rojas cruza a bola passa por toda a péssima zaga flamenguista e encontra Álvaro Fernandez que só tem o trabalho de tocar para o fundo das redes.
Daí para frente o Flamengo realmente entra em desespero, pressão desorganizada demais, chances perdidas e finalizações bisonhas de fora da área. Somando-se a isso hora o silencio do lotado Maracanã, hora a forte cobrança dos torcedores.
Quando tudo caminhava para uma derrota difícil de ser revertida e por dois gols de diferença, eis que após praticamente noventa minutos a sorte sorri levemente para os rubro negros, Juan arrisca chute despretensioso, a bola desvia no meio do caminho e mata o goleiro Miguel Pinto dando um fio de esperança a torcida flamenguista.
Em mais uma noite daquelas em que o Maracanã mais uma vez recebe seus fantasmas do passado, pior para o Flamengo que sai em desvantagem, sofre três gols jogando em casa e vai precisar enfrentar o caldeirão chileno.
Seria ideal mandar jogos importantes no Engenhão? A historia tem marcado os rubro negros e o Maracanã de forma dolorida nos últimos anos.
FICHA TÉCNICA
Local: Estádio Maracanã, em Rio de Janeiro (RJ)
Data: 12 de maio de 2010, quarta-feira
Horário: 19h30 (de Brasília)
Árbitro: Carlos Amarilla (PAR)
Assistentes: Nicolás Yegros (PAR) e Rodney Aquino (PAR)
Cartões amarelos: Iturra (Universidad de Chile), Juan, David (Flamengo).
Cartão vermelho: Iturra (Universidad de Chile)
GOLS: Victorino, aos quatro, Olarra, aos 24, Adriano, aos 38 minutos do primeiro tempo; Fernandez, aos 2 min do segundo tempo, e Juan, aos 44
FLAMENGO: Bruno; Léo Moura, David, Ronaldo Angleim e Juan; Rômulo (Michael), Maldonado (Petkovic), Willians e Kleberson (Denis Marques); Vagner Love e Adriano. Técnico: Rogério Lourenço
UNIVERSIDAD: Miguel Pinto; Rodriguez, Victorino, Olarra, Fernandez; Seymour, Rojas, Vargas (Pinto), Montillo (Puch) e Iturra; Olivera (Rivarola). Técnico: Gerardo Pelusso
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